Suas pernas te incomodam e limitam suas atividades diárias? Pode ser que você tenha Lipedema

Imagine carregar um peso que não pertence a você. Não se trata apenas do volume visível, mas de uma carga silenciosa que se esconde sob a pele, desafiando o senso comum, a balança e, muitas vezes, o olhar da medicina. Esse é o lipedema, uma condição tão enigmática quanto subestimada, que exige uma abordagem científica profunda e uma sensibilidade incomum para ser compreendida e tratada.

Além da Aparência: A Ciência por Trás do Lipedema

O lipedema é um fenômeno metabólico com impacto no sistema vascular. Acredita-se que tudo se inicia por uma predisposição genética, com o gatilho de alterações hormonais na vida da paciente, e está enraizado em uma inflamação crônica do tecido adiposo, combinada com alterações no sistema linfático. Além disso, em 56% dos casos, está associado a algum grau de doença venosa crônica. As áreas afetadas – tipicamente pernas, quadris e braços – acumulam gordura de maneira desproporcional, acompanhada por dor, sensibilidade e sensação de peso. Mais do que uma questão estética, é uma manifestação que pode levar à imobilidade, impactar a autoestima e comprometer a qualidade de vida.

A Elegância do Tratamento Personalizado

Tratar o lipedema é uma arte que começa pela ciência. Não se trata de promessas simplistas ou atalhos imediatos, mas de um planejamento elaborado e estruturado que combina ciência, tecnologia e visão integral da paciente. Tratar o lipedema vai além de técnicas e procedimentos; é um estilo de vida, onde a paciente tem papel fundamental, e é isso que trazemos aqui na clínica. Sempre com o objetivo de melhorar os sintomas físicos e também valorizar o corpo e o bem-estar, promovendo mobilidade, liberdade, leveza e qualidade de vida.

No lipedema, diferente de outras condições, a médica age como uma facilitadora, trazendo à luz do conhecimento, estratégias, soluções e técnicas, mas para que isso tenha o resultado desejado, é imprescindível e necessário o comprometimento e a ação por parte da paciente. Funcionamos como uma maestrina da orquestra, mas quem toca o instrumento é a paciente.

Se você convive com Lipedema, pode ser que experimente algumas das situações a seguir:

Frases que escuto frequentemente.
Você se identifica com alguma delas?

Reconhecer é o primeiro passo.
Cuidar, o próximo.

Redução mensurável de dor e sensibilidade nos membros inferiores, com melhora progressiva registrada durante o acompanhamento clínico

Diminuição do volume e circunferência das áreas acometidas, com registros fotográficos e métricas de evolução corporal

Aumento da mobilidade e da resistência física, com retorno seguro a atividades como caminhada, exercícios leves e rotina funcional

Menor ocorrência de hematomas espontâneos e edemas, com melhora visível da qualidade da pele e do conforto ao toque

Retomada do controle sobre o próprio corpo, com interrupção da progressão da doença e prevenção de complicações futuras

Planejamento terapêutico personalizado, com protocolos baseados em evidência científica, respeitando a individualidade de cada caso

E se conviver com isso não for a única opção?

Com uma avaliação precisa e o início do tratamento adequado,
mudanças reais começam a acontecer:

"Leveza não é apenas uma sensação, é uma escolha."

Construindo sua experiência de tratamento conosco

Identificação do problema e da fase em que se encontra

Definição da conduta para o tratamento

Elaboração de estratégias em cada área que deve ser cuidada

Acompanhamento em cada etapa

Tratamento de patologias associadas (Ex.: Doença Venosa acomete até 56% dos pacientes com Lipedema)

Tratamento multidisciplinar

Mensuração do progresso

Fase de manutenção

"Nem todo incômodo precisa ser permanente.
Nem toda dúvida precisa ficar sem resposta.”

Quero reencontrar a liberdade nos meus movimentos

Na Clínica Dra. Aline Villela, seu cuidado vai além do óbvio. Com abordagem precisa e personalizada, unimos tecnologia e expertise para tratar não apenas a condição, mas você por inteira.

Rio de Janeiro

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Dúvidas frequentes

O lipedema não tem cura, mas tem tratamento.

Após o diagnóstico, a paciente recebe orientações e estratégias para estabilizar a condição e, sempre que possível, melhorar o aspecto e reduzir as chances de progressão da doença.

O tratamento do lipedema se baseia na otimização dos hábitos de vida, e a chave para isso é a informação!

Um diagnóstico preciso permite a definição da melhor conduta para o seu caso. A partir disso, traçamos uma estratégia personalizada, considerando as necessidades do seu corpo naquele momento, além de outros fatores como doenças associadas, alimentação, tipo de atividade física, função intestinal, grau de hidratação, qualidade do sono, entre outros.

A abordagem deve ser individual e personalizada para garantir os melhores resultados.

O tratamento do lipedema é interdisciplinar, sendo necessária a participação de profissionais de diferentes especialidades e áreas para o acompanhamento, como cirurgião vascular, clinico, endócrino, ortopedista, nutricionista, educador físico e fisioterapeuta.

Não. A cirurgia é uma das ferramentas disponíveis para o tratamento, principalmente de pacientes com lipedema grau 3 e 4 que já apresenta algum grau ou potencial de alteração e prejuízo em sua mobilidade, e mesmo assim não é indicado como conduta inicial. Mesmo que a paciente tenha indicação cirúrgica clara, ela deve ser metabolicamente preparada para isso.

A cirurgia pode ser considerada principalmente nos casos mais avançados de lipedema, quando a desproporção da gordura leva a alterações estruturais, como rotação do fêmur, geno valgo (desalinhamento dos joelhos), mudanças no ângulo do joelho e impactos na mobilidade do quadril e dos próprios joelhos.

É fundamental lembrar que o lipedema tem um forte componente inflamatório. Qualquer procedimento invasivo realizado sem que a paciente esteja devidamente compensada pode levar a resultados insuficientes e não satisfatórios. Afinal, não se corrige inflamação apenas com lipoaspiração.

Sim, eles são pilares fundamentais no planejamento do tratamento.

No entanto, quando falamos em dieta, nos referimos a uma alimentação com baixo perfil inflamatório, e não a dietas restritivas.

Da mesma forma, os exercícios recomendados são de baixo impacto e, inicialmente, de baixa intensidade, priorizando atividades que trabalhem mobilidade e propriocepção, sempre respeitando as necessidades do corpo e a condição atlética de cada paciente.

A vida transcorre de forma cíclica - não somos seres lineares - e essa consciência é importante, pois entra no conceito que tanto a dieta quanto os exercícios são dinâmicos. Assim, à medida que há uma melhora (diminuição do perfil inflamatório), as estratégias são modificadas, de acordo com a necessidade de cada momento.

Não existe um remédio específico para o lipedema, mas algumas medicações podem ser utilizadas para melhora dos sintomas, que variam em intensidade e características de paciente para paciente.

A maioria dos medicamentos utilizados pertencem à classe dos fitoterápicos. Na primeira avaliação, por meio da análise da história clínica, das patologias associadas e do exame físico, é possível identificar as necessidades da paciente e traçar um planejamento individualizado.

Sim, é uma alteração genética que acredita-se estar relacionada a um alelo do cromossomo X. Ainda são necessários mais estudos para um consenso científico a respeito disso, mas sabe-se que é genética e ocorre majoritariamente em mulheres.

A principal diferença está na forma como a gordura se distribui no corpo.

Na obesidade, o acúmulo de gordura ocorre de maneira generalizada, sem grande desproporção entre abdômen, quadril e membros inferiores.

Já no lipedema, há um acúmulo desproporcional de gordura em determinadas regiões, como pernas e coxas. Uma característica é que poupa os pés. Além disso, o lipedema apresenta outras características específicas, como dor, sensibilidade ao toque e tendência a hematomas.

Importante lembrar que os dois podem coexistir. A paciente pode ter lipedema e obesidade associada, devendo os dois serem tratados.

O lipedema pode causar impactos na saúde física, mental e social.

Na saúde física: Pode levar a alterações ortopédicas, como geno valgo (desalinhamento dos joelhos), rotação do fêmur, alterações no quadril e nos pés, além de aumentar o risco de gonartrose (artrose no joelho), coxartrose (artrose no quadril) e problemas na coluna. Em estágios avançados, pode evoluir para lipolinfedema, causando maior dificuldade de mobilidade, alterações importantes na pele, como risco aumentado de infecções.

Na saúde mental: : Afeta autoestima e contribui para transtornos como depressão, ansiedade e alterações no humor.

Na vida social: : Causa uma dessocialização. Muitas pacientes relatam isolamento social e maior tendência à introversão devido às mudanças na imagem corporal e aos desafios enfrentados no dia a dia. O que causa danos irreparáveis não somente à paciente assim como a toda dinâmica familiar.

Alguns estudos científicos recentes sugerem uma maior tendência de mulheres com lipedema a apresentarem ansiedade e TDAH.

Embora essa relação seja frequentemente observada na prática clínica, ainda são necessários mais estudos científicos para confirmar essa associação de forma definitiva.

Essa característica está associada ao estágio mais avançado do lipedema, chamado lipolinfedema, e mesmo assim normalmente não chega a esse aspecto.

A evolução para essa fase mais grave ocorre em cerca de 4% das pacientes com lipedema. O acompanhamento e o tratamento adequados são fundamentais para evitar a progressão da doença.

Não.

O lipedema é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura, principalmente nos membros inferiores, com tendência à dor, inchaço e hematomas.

O linfedema, por outro lado, ocorre devido a uma disfunção no sistema linfático, levando ao acúmulo de líquido nos tecidos e causando inchaço persistente, geralmente em apenas um dos membros.

Embora sejam condições diferentes, em estágios avançados, o lipedema pode evoluir para lipolinfedema, combinando características de ambas as doenças.

Outro dado importante que estudos mostram que desde as fases iniciais já se observam algum grau de lentificação da drenagem do sistema linfático.

Sim, o lipedema é uma condição relativamente comum.

De acordo com a literatura, a incidência no Brasil varia entre 10% e 12%, o que significa que aproximadamente 1 a cada 10 mulheres no país tem lipedema.

Como essa era uma doença pouco conhecida, não se fazia o diagnostico e acreditava-se que era obesidade, até mesmo lipodistrofia, que são diagnósticos diferenciais. Além disso, muitas pacientes ao longo da sua vida escutaram que “era assim mesmo”, e que esse é o “corpo de brasileira”.

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